Uso de venda e goleiro sem deficiência: entenda o futebol de cegos

Uso de venda e goleiro sem deficiência: entenda o futebol de cegos
Publicado em 31/08/2024 às 01:34

Cinco vezes campeão paralímpico, o Brasil vai tentar manter a hegemonia em Paris no futebol de cegos. A equipe começa a busca por mais um ouro paralímpico no domingo (1) contra a Turquia.

Além dos turcos, o time brasileiro enfrenta França e China na fase de grupos, e conta com o talento de nomes como Ricardinho e Jefinho na capital francesa. Nesta edição, o torneio será disputado no estádio da Torre Eiffel, um dos lugares mais emblemáticos do país.

Entendendo o futebol de cegos

Cada seleção conta com cinco jogadores no campo, sendo quatro de linha, com alguma deficiência visual, e o goleiro, único atleta com visão total. Este não pode ter participado de competições da Fifa nos últimos cinco anos.

Ao contrário do futebol tradicional, a modalidade paralímpica é dividida em dois tempos de 25 minutos e precisa ser em locais silenciosos, sem eco. Ou seja, a torcida só pode se manifestar na hora do gol.

Uso das vendas

Os quatro atletas de linha precisam usar venda nos olhos durante a partida. Se eles possuem deficiência visual, por que o uso é obrigatório?

Nem todos os jogadores são completamente cegos. Alguns possuem visão comprometida, mas com capacidade de distinguir objetos próximos. Com isso, o objetivo do uso da venda é deixar todos os atletas com igualdade de competição.

Vale lembrar que é proibido tocar nas vendas dos jogadores. Cada toque é computada uma falta. Com cinco infrações, o jogador é expulso de campo, mas pode ser substituído por outro.

Demais regras

Além do auxílio do técnico e do goleiro, um guia fica atrás do gol adversário orientando os atletas do seu time. O objetivo é auxiliar no posicionamento em campo para os atletas saberem onde devem chutar.

Outro auxílio aos atletas é o uso de guizos internos na bola para facilitar a sua localização.

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