Presidente da Federação Espanhola de Futebol é suspenso por dois anos
O presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Pedro Rocha, foi suspenso por dois anos por ter excedido suas funções ao demitir o secretário-geral da entidade Andreu Camps, informaram o portal Iusport e a rádio Onda Cero.
A suspensão pode impedir Rocha de se candidatar às eleições da RFEF em setembro, depois de ter assumido a presidência em abril para terminar o mandato de Luis Rubiales.
O anúncio da suspensão acontece dois dias depois do título da Espanha na Eurocopa.
Rocha foi suspenso pela justiça desportiva espanhola por demitir, em setembro de 2023, Andreu Camps, um estreito colaborador de Rubiales, que perdeu o cargo depois do escândalo no caso do beijo forçado na jogadora da seleção espanhola Jenni Hermoso, na comemoração do título na Copa do Mundo feminina em agosto de 2023.
Rocha encabeçava a comissão gestora que assumiu a RFEF após a saída de Rubiales e extrapolou suas funções ao tomar decisões como a demissão de Camps.
Segundo uma cópia da decisão publicada por um jornalista da Onda Cero na rede social X (antigo Twitter), o Tribunal Administrativo do Esporte (TAD) proíbe Rocha de “ocupar cargos em qualquer federação esportiva” durante os “dois anos de suspensão”.
De acordo com o Iusport, o dirigente vai recorrer contra a decisão e pedirá que a mesma fique cautelarmente sem efeito enquanto seu recurso é estudado, o que lhe permitiria ser candidato nas próximas eleições da RFEF.
Depois de liderar a comissão gestora, Rocha foi proclamado presidente da RFEF em abril deste ano, ao ser o único candidato a conseguir os apoios necessários nas eleições.
A AFP entrou em contato com o Comitê Superior de Esportes (CSD), do qual o TAD é dependente, para confirmar a informação, mas não obteve resposta.
Desta forma, a RFEF continua imersa em escândalos, já que Rocha também está sendo investigado por corrupção e contratos irregulares durante a presidência de Rubiales.
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