Padrasto suspeito de levar bebê para hospital morto e com sinais de abuso sexual tem prisão preventiva decretada
Caso aconteceu no município de Peixe, no sudeste do estado. Mãe do bebê também é suspeita e está presa preventivamente na Unidade Penal Feminina de Talismã.
Bebê de 1 ano e cinco meses foi levado para hospital morto e com sinais de abuso sexual — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação PM
O tribunal da Comarca de Peixe ordenou a detenção preventiva do padrasto do bebê de 1 ano e 5 meses que chegou sem vida ao Hospital Municipal de Peixe, localizado no sudeste do estado. Ele e sua mãe, de 20 anos, foram detidos sob suspeita de homicídio.
O crime aconteceu na noite do último sábado (16). A Polícia Militar (PM) comunicou que a criança foi encaminhada ao Hospital Municipal sem vida e seu corpo apresentava várias lesões, além de indícios de possível abuso sexual.
Segundo o Tribunal de Justiça do Tocantins, a mãe do bebê foi submetida a uma audiência de custódia e teve sua prisão preventiva decretada no final da tarde de segunda-feira (18).
O padrasto também seria submetido a uma audiência de custódia, contudo, a sessão foi dispensada, já que a Justiça considerou que, devido à presença da advogada de defesa durante a interrogação policial, não era necessário que ele fosse submetido a uma audiência.
Uma tia do bebê, irmã do pai biológico, contou que a família do lado paterno estava sem contato com o menino. Ela relatou que os parentes pediam para vê-lo ao menos por chamada de vídeo, mas a mãe da criança dava desculpas e alegava problemas com o aparelho celular.
Entenda
Segundo a Polícia Militar (PM), o bebê deu entrada no hospital aproximadamente às 23h, já sem vida. A avaliação médica do corpo da criança revelou marcas no tronco, abdômen e rosto. Havia também indícios de um possível abuso sexual contra o bebê.
Em relação às marcas no corpo da criança, a mãe informou às autoridades que surgiram manchas uma semana antes e que a criança teria caído em um parquinho e sofrido um ferimento na testa. Durante a noite, após tomar uma mamadeira, o padrasto da criança notou que ela estava com os lábios roxos, momento em que o casal levou a criança ao hospital.
No hospital, o Conselho Tutelar foi acionado para monitorar a situação, em conjunto com as equipes do 4º Batalhão da Polícia Militar. A mãe mencionou que o companheiro já tinha agredido o menino. Por outro lado, o padrasto negou ter cometido qualquer tipo de abuso contra o bebê.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) comunicou que o casal foi conduzido à delegacia e foi indiciado por homicídio qualificado, praticado por meio de tortura contra um menor de 14 anos. O caso será investigado pela 94ª Delegacia de Polícia de Peixe.
Enquanto a mãe foi levada para a Unidade Penal Feminina de Talismã, o padrasto foi transferido para a Unidade Penal Regional de Gurupi.
(Fonte: g1 Tocantins)