Megaoperação cumpre 30 mandados no Bico do papagaio para tentar impedir entrada de organização criminosa em cidades do Tocantins
Segundo a Polícia Civil, um grupo criminoso ligado à facção do Rio de Janeiro agia em quatro cidades da região do Bico do Papagaio. A organização praticava tráfico de drogas, atos de tortura e crimes contra o patrimônio.
Polícia Civil cumpre 30 mandados contra organização criminosa no Bico do Papagaio — Foto: Divulgação/PCTO
Na manhã desta sexta-feira (6), cerca de 80 agentes da Polícia Civil executam 30 mandados judiciais em Augustinópolis, Carrasco Bonito, Praia Norte e Axixá do Tocantins, na região do Bico do Papagaio. A ação visa desarticular uma organização criminosa que estava tentando se estabelecer na área.
No total, são 16 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis. A operação conta com apoio do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), Ministério Público e Polícia Militar.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o grupo criminoso buscava assumir o território deixado por uma facção do Maranhão, que foi desmantelada durante a operação Absterge, conduzida pela Polícia Civil em 2022.
Naquela ocasião, mais de 30 membros da facção maranhense foram presos preventivamente e, posteriormente, condenados a penas que, somadas, ultrapassam 700 anos de reclusão.
“Apesar de estar ainda em estágio inicial, a facção criminosa, vinculada ao grupo carioca, praticava atos de tortura, crimes contra o patrimônio e foi responsável por um aumento significativo na circulação de drogas em Augustinópolis e na região do Bico do Papagaio”, informou o delegado Jacson Wutke, responsável pela operação Absterge, e que também está à frente da Operação Prophylaxis.
Mais de 80 policiais civis participam de operação para desarticular uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas no Bico do Papagaio — Foto: Divulgação/PCTO
Logo que as inteligências das forças policiais detectaram a organização do grupo criminoso, um inquérito policial foi aberto para investigar a responsabilidade de todos os envolvidos. A Operação Prophylaxis foi planejada com o objetivo de impedir a consolidação da facção.
O nome Prophylaxis foi selecionado em referência ao conceito de profilaxia, que se refere à prevenção de enfermidades por meio de ações preventivas.
Os presos serão encaminhados para a Unidade Prisional de Augustinópolis, onde ficarão à disposição da Justiça.
(Fonte: g1 Tocantins)