Jogadores da Argentina usam canto racista e transfóbico em comemoração; vídeo
A festa dos jogadores da Argentina do título da Copa América foi manchada por um episódio de racismo. O volante Enzo Fernándes fez uma transmissão ao vivo pelo Instagram da comemoração dos atletas dentro do ônibus e mostrou o momento em que eles começam a cantar uma música racista e transfóbica.
O camisa 24 logo encerrou a live, mas usuários nas redes sociais gravaram o momento. O canto entoado pelos jogadores já é conhecido e foi criado por argentinos durante a Copa do Mundo de 2022, quando o país venceu a França na final do torneio.
Eles jogam pela França, mas são de Angola. Que bom que eles vão correr. Eles se relacionam com travestis. A mãe deles é nigeriana, o pai deles, cambojano. Mas no passaporte: francês
Além do racismo, a canção também utiliza o termo “trava”, expressão espanhola transfóbica para se referir a travestis e transexuais. O trecho é uma provocação ao francês Kylian Mbappé, que é amigo da modelo transexual Inès Rau. Em 2023, houve rumores na imprensa francesa de que os dois estariam em um relacionamento.
Enzo Fernández interrompe live de comemoração do título da Argentina quando atletas começam a cantar música racista que se popularizou na Copa
“eles jogam pela França
mas são de Angola
que bom que eles vão correr
eles são cometravas (Se relacionam com…— Noite de Copa (@Noitedecopa) July 15, 2024
No vídeo, também é possível ouvir alguém dizendo: “Corte o ao vivo, mano, imbecil”.
Festa na Argentina
Na noite de segunda-feira (15 de julho), após o bicampeonato consecutivo da Copa América nos Estados Unidos, os jogadores foram recebidos como heróis pelos torcedores na Grande Buenos Aires.
As pessoas esperaram por horas e fizeram fila na rota dos ônibus que transportavam os jogadores do aeroporto até o complexo da Associação Argentina de Futebol. Alguns fãs saíram para se despedir de Ángel Di María, que anunciou aposentadoria da Seleção Argentina.
No último domingo (14), no Hard Rock Stadium, em Miami, a seleção treinada por Lionel Scaloni venceu a Colômbia na prorrogação por 1 a 0, e se tornou a maior vencedora da competição continental, com 16 títulos.
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