Fim de ano é tempo de monitorar o desenvolvimento da soja
Com a retomada das chuvas no início de dezembro, os produtores de soja respiram aliviados após um longo período de forte calor e falta de chuva. Mesmo com essa mudança positiva no clima, no entanto, os sojicultores precisam ficar atentos ao desenvolvimento das plantas depois de tanto estresse climático.
Para aqueles que utilizaram inoculantes biológicos voltados para a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), a verificação em campo é fundamental para avaliar a eficiência dos inoculantes aplicados, explica Fernando Bonafé, Gerente de serviços técnicos da Novonesis, líder mundial em soluções biológicas. A checagem consiste na divisão da área plantada em talhões, onde o produtor coletará amostras de raízes para verificar a quantidade e atividade dos nódulos formados por bactérias fixadoras de nitrogênio instaladas nas raízes da oleaginosa.
“O número de nódulos, a localização e o tamanho dos nódulos devem ser avaliados. No estágio de floração, por exemplo, os nódulos precisam ser maiores ou iguais a 2 milímetros de espessura”, explica Fernando Bonafé. O especialista detalha que, no período de florescimento, o número de nódulos tende a variar de 15 a 30 unidades por planta. “Nessa fase, a coloração interna da colônia pode mudar para os tons verdes ou marrons devido ao processo de envelhecimento das bactérias. O acompanhamento deverá ocorrer por um longo período da safra e as avaliações não devem ser feitas uma só vez, mas em vários estágios do desenvolvimento da soja. Os nódulos, segundo estudos da Embrapa, podem permanecer ativos até o enchimento de grãos ”, explica.
Observações de campo da equipe de agrônomos da Novonesis apontam que, entre cinco a oito dias após a emergência da soja, já é possível ver a formação dos primeiros nódulos.
Além da quantidade, a verificação da atividade dos nódulos é essencial. Ao arrancar a soja para análise, deve-se olhar o tamanho e coloração do interior do nódulo para verificar se está ocorrendo o processo de fixação biológica. “Se a coloração interior estiver rósea intensa, é um indicativo de que a leghemoglobina, substância responsável pelo transporte de oxigênio, está exercendo sua função, essencial para a sobrevivência dos micro-organismos que, por sua vez, fornecem nitrogênio para as plantas”, analisa o especialista.
“Se a nodulação das plantas não estiverem dentro desses padrões, é recomendável que o produtor procure a assistência técnica de sua confiança para averiguar o que está ocorrendo”, frisa Fernando Bonafé. Para evitar esse tipo de situação, ele acrescenta que o agricultor deve adquirir sementes inoculadas de alta qualidade ou realizar a inoculação na fazenda de forma adequada.
Ao seguir todas as recomendações técnicas, aliadas a um clima favorável e ao uso de uma tecnologia de ponta, o resultado aparece na colheita. A média de incremento em produtividade com inoculantes biológicos gira em torno de 8%. Fernando Bonafé observa que, diante desses resultados, a Novonesis tem investido cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento como forma de impulsionar ainda mais a adoção dos insumos biológicos. “A companhia dinamarquesa oferece inoculantes de alta tecnologia voltados para o tratamento industrial de sementes: o pacote de soluções CTS 1000, inoculante biológico de longa vida à base de Bradyrhizobium para a soja, que tem longevidade de até 90 dias no pós-tratamento”, finaliza.
Por PG1.