Fenômeno raro impressiona moradores de município tocantinense: entenda o que é a ‘nuvem prateleira’
Uma enorme formação de nuvens chamou a atenção dos moradores de Oliveira de Fátima, na região central do Tocantins, no final da tarde desta segunda-feira (16). O fenômeno, conhecido como ‘nuvem prateleira’, foi registrado em vídeo e fotos pelo morador Bento Lopes, que estava saindo da casa de um primo com sua família por volta das 18h40.
“Começou a formar esse lindo fenômeno no céu, observando que cada vez mais ele estava tomando uma proporção diferente. Fiz o vídeo e algumas fotos, parecia até que ia chover bastante, porém até que choveu pouco, mas foi algo muito lindo de se ver”, relatou Bento. Apesar da aparência impressionante e dos relâmpagos, a chuva acabou sendo fraca na região.
Segundo Bento, ele e a família decidiram voltar para casa assim que perceberam a aproximação da nuvem. “Ao sair em direção ao meu carro percebemos que algo diferente estava se formando. Pelo que se formou e com os relâmpagos, parecia até que ia chover bastante, mas acredito que passou por cima da cidade, deixando apenas o mormaço. Aqui em Oliveira, nunca tinha visto [o fenômeno]. Sou natural daqui, nasci em 1987 e posso dizer que é a primeira vez que vejo algo do tipo por aqui”, afirmou o morador.
O que é uma ‘nuvem prateleira’?
De acordo com Elizabete Ferreira, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a nuvem registrada em Oliveira de Fátima é conhecida como nuvem prateleira, uma formação que costuma ocorrer antes de tempestades.
A especialista explica que a nuvem prateleira faz parte do sistema Cumulonimbus, que é responsável por chuvas fortes, ventos intensos e até mesmo trovoadas. Ela recebe esse nome devido ao formato alongado e horizontal, semelhante a uma prateleira, que pode ser visto se movendo em direção ao solo.
“Essas nuvens se formam quando há um encontro de ar frio e úmido com ar quente, criando correntes de ar que geram essa estrutura impressionante. Em muitos casos, o fenômeno vem acompanhado de relâmpagos e rajadas de vento, mas nem sempre resulta em chuvas significativas no local onde é observado”, explicou Elizabete.