Companhia aérea da Europa lança plano anual de voos ilimitados; entenda
A companhia aérea europeia Wizz Air anunciou um plano anual de voos ilimitados. Com possibilidades de viagem entre a Europa e o Mediterrâneo, a notícia é um sonho realizado para algumas pessoas. Já para outras, é um pesadelo ecológico.
O novo passe All You Can Fly (em tradução literal, tudo que você pode voar) permite voos ilimitados para assinantes por um ano, começando em 25 de setembro, que custou 499 euros (R$ 2986) até meia-noite de quarta-feira (14), no horário local da Hungria, onde a empresa está sediada. Depois disso, o valor subiu para 599 euros (R$ 3584).
Se o preço parece bom demais para ser verdade, é porque, para muitas pessoas, realmente é. Mas para alguns, será o bilhete ideal — literalmente.
Os voos só podem ser reservados com até 72 horas de antecedência, sendo mais indicado para passageiros frequentes que podem viajar em cima da hora. Além disso, só voos de ida podem ser reservados — o que significa que a maioria das pessoas terá de reservar uma viagem sem saber quando será possível retornar.
Não é possível reservar um trecho e cancelar sem substituir a viagem — cancele a viagem três vezes e seu plano será cancelado. O plano também pode ser configurado para renovação automática, ou seja, é necessário cancelá-lo manualmente caso não queira continuar.
Então, qual é o ganho com esse plano? Voos ilimitados — até três por dia — durante o ano. Para cada voo, paga-se uma taxa fixa de 9,99 euros (R$ 59,79) por trecho.
Este é o bilhete mais básico — se você quiser adicionar bagagem, escolha de assento ou embarque prioritário (que permite levar uma mala de mão), terá que pagar mais. O despacho de malas costuma custar cerca de 50 euros (R$ 299,24).
O plano cobre toda a rede da Wizz Air, que abrange grande parte da Europa, Mediterrâneo e até o Oriente Médio. Apenas voos domésticos dentro da Itália não estão incluídos.
É necessário que os membros escolham um aeroporto de partida preferido, de onde a maioria dos voos deve ocorrer. Muitos desses locais já estão com as vagas preenchidas, sobrando principalmente saídas da Europa Central e Oriental e da Noruega. Embora os voos não precisem necessariamente partir desses aeroportos, a companhia aérea pode cancelar o passe se perceber que o local indicado não condiz com a realidade.
A companhia aérea também não garante lugar em nenhum voo com assento disponível. Seus termos e condições são bastante vagos sobre a disponibilidade, dizendo que “a concessão de bilhetes de voo depende de vários fatores internos e externos”, incluindo a capacidade dos assentos, o número de passageiros no voo e o número total de membros registrados no All You Can Fly — atualmente limitado a um máximo de 10 mil.
A companhia não conseguiu explicar ao CNN Travel em qual nível de ocupação os assentos são permitidos ou não. Então, vale a pena? Possivelmente, se você estiver preparado para voar em cima da hora e for flexível quanto ao retorno. Além disso, se viajar leve. Principalmente, se você for um viajante solo — afinal, mesmo que compre a passagem com um acompanhante, não há garantia de que viajarão no mesmo voo.
O investimento pode ser melhor para passageiros frequentes. Afinal, quem voa regularmente pela Wizz, entre o Reino Unido e a Itália, disse que geralmente paga cerca de 50 euros (R$ 239) por um bilhete básico de ida, reservado com algumas semanas de antecedência.
Em junho, a Wizz foi nomeada a pior companhia aérea em atrasos de voos no Reino Unido pelo terceiro ano consecutivo.
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