Demorou menos de duas horas para que os ingressos do jogo entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, que acontece no próximo dia 6, na Neo Química Arena, esgotassem na internet.

A rapidez com que os fãs de futebol americano no Brasil garantiram suas entradas dá a dimensão do interesse pela NFL no país, que receberá o primeiro jogo da liga na América do Sul, parte de um projeto de expansão internacional que já levou partidas a países como Alemanha e Inglaterra.

De acordo com a NFL, o Brasil é o terceiro mercado mundial em audiência, atrás apenas dos Estados Unidos e do México. E essa relação deverá se estreitar ainda mais com a realização do evento em São Paulo, que, segundo a liga, marcará o início de um novo passo.

“Nós vimos o crescimento da NFL no Brasil por muitos anos, com os jogos disponíveis na televisão, nas manifestações nas redes sociais, em eventos como as watch parties, em que vimos essa paixão pelo futebol americano. Mas trazer pela primeira vez um jogo da temporada regular para a América do Sul, para São Paulo, com duas franquias históricas e em uma sexta-feira à noite, é algo histórico”, diz Peter O’Reilly, vice-presidente executivo da NFL, responsável pelas parcerias internacionais e eventos da liga, em entrevista à CNN Brasil.

E não será uma experiência de um evento só. Não faremos o jogo e iremos embora. É sobre construir uma longa relação com o Brasil

Além do jogo, a NFL organizará em São Paulo um evento gratuito no Parque Villa-Lobos, na zona oeste da capital paulista, que irá do dia 6 ao dia 8, com transmissão da partida em telões. O espaço também terá lojas oficiais e contará com a exposição do troféu Vince Lombardi e dos 58 anéis dos times campeões do Super Bowl.

Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, envolvidos diretamente no jogo da Neo Química Arena, divulgarão suas marcas no Villa-Lobos, assim como Miami Dolphins e New England Patriots, que farão ativações no local.

“É muito importante ter uma experiência gratuita e acessível para os fãs. Teremos muitas atividades para crianças, haverá um campo para jogar flag football e as pessoas se divertirem, uma corrida temática. Permitiremos que os fãs que não estarão na Neo Química Arena possam desfrutar da NFL”, afirma O’Reilly.

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Escolha pela Neo Química Arena

Do outro lado da cidade, na zona leste paulistana, todos os holofotes estarão no inédito confronto da NFL no Brasil entre Eagles e Packers.

Com uma série de estádios à disposição em São Paulo, a liga de futebol americano optou por levar o evento à Neo Química Arena, casa do Corinthians, sede de partidas da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.

“Nós realmente gostamos do design da arena. E tudo é importante, mas o que realmente precisamos fazer funcionar é o jogo de futebol americano em si. Ter o melhor gramado possível, os melhores vestiários, os melhores espaços para os fãs. E a Arena Corinthians entrega tudo isso”, afirma o executivo à CNN.

Diferenças entre jogos na Europa e no Brasil

O primeiro jogo internacional da NFL aconteceu em 2007, em Londres, no duelo entre New York Giants e Miami Dolphins no Estádio Wembley.

De lá para cá, o projeto de expansão da liga ganhou outros territórios, como Munique e Frankfurt, na Alemanha, e Cidade do México. Em 2025, a Espanha receberá, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, seu primeiro jogo de NFL na história.

Cada um desses locais reúne fãs com características particulares no modo de torcer e de desfrutar de um evento esportivo. No caso do Brasil, a cultura esportiva dos torcedores brasileiros é uma das apostas da liga para que o evento na Neo Química Arena seja um sucesso.

Há uma energia especial no torcedor brasileiro, uma energia que pulsa, um ritmo que voce vê nos jogos de futebol, que é único. Os jogos na Alemanha foram ótimos, no Reino Unido também, assim como no Estádio Azteca, mas nunca tivemos uma experiência no Brasil. Com essa vibração dos eventos esportivos brasileiros e tudo o que acompanha essa energia, estamos animados em juntar esporte e entretenimento, como por exemplo com o show da Anitta no intervalo

Peter O’Reilly

“Nossa expectativa é alta, e não vemos a hora de realizar isso em São Paulo”, completa o executivo.