Grupo de 38 pessoas vai responder por golpe de R$ 200 mil contra vítimas que tiveram celulares hackeados

Grupo de 38 pessoas vai responder por golpe de R$ 200 mil contra vítimas que tiveram celulares hackeados
Publicado em 29/10/2024 às 09:45

Vítimas do Tocantins denunciaram que pessoas se passaram por funcionários de bancos em ligações e esvaziaram contas correntes. Mandados contra suspeitos foram cumpridos em São Paulo.

 

Mandados foram cumpridos por agentes da Polícia Civil — Foto: Dicon/SSP-TO/Divulgação

 

Em quatro inquéritos, 38 pessoas foram indiciadas por crimes cibernéticos cometidos contra Tocantinenses. As vítimas denunciaram prejuízos de R$ 200 mil e a investigação revelou que o esquema era operado de outros estados do país. Os criminosos fingiam ser atendentes e invadiam celulares.

 

Os inquéritos finalizados fazem parte da terceira etapa da Operação Ghostbusters, que ocorreu no dia 10 de outubro, cumprindo 14 mandados de busca e apreensão expedidos por duas cortes criminais de Palmas. As ordens foram cumpridas nas cidades paulistas de São Paulo, Praia Grande, Araçatuba, Guarulhos e Ferraz de Vasconcelos.

 

Segundo a Polícia Civil, a investigação começou em 2022, após nove vítimas residentes no Tocantins denunciaram que foram enganadas por falsos funcionários bancários e conseguiram limpar suas contas.

 

A investigação policial revelou que os infratores estavam realizando um golpe conhecido como “Mão Fantasma”. Neste crime, os envolvidos tinham acesso ao celular das vítimas de maneira remota e por meio de aplicativos, para posteriormente acessar as contas bancárias instaladas no aparelho e roubar todo o dinheiro das vítimas.

 

O delegado-chefe da DRCC, Lucas Brito Santana, explicou que o grupo criminoso era de São Paulo e que conseguiam as vantagens financeiras com furtos em meio eletrônico e lavagem de capitais.

 

“Os integrantes destes grupos alimentaram uma extensa rede de contas bancárias, visando à pulverização imediata das vultosas quantias ilicitamente obtidas, ao que empregaram uma série de artifícios para dissimulação da origem dos ganhos, notadamente saques fracionados, transferências sequenciais para beneficiários diversos e utilização de empresas fantasmas ou de fachada”, comentou o delegado.

 

Na terceira fase da operação, além das buscas, a polícia tinha o objetivo de cumprir ainda quatro mandados de prisão preventiva contra três indivíduos, mas dois deles ainda estão foragidos. Mas houve o bloqueio e sequestro de parte dos valores obtidos grupo nas contas bancárias.

 

Os 38 indiciados devem responder por crimes de furto eletrônico, lavagem de capitais, corrupção de menores, organização criminosa e/ou associação criminosa. Os inquéritos concluídos foram enviados para a Justiça e Ministério Público.

 

Orientações

Para evitar cair em golpes pelo celular ou internet, o delegado Lucas Brito falou quais cuidados são essenciais para não ter prejuízos dessa natureza. Mas caso isso ocorra, é preciso reunir documentos que comprovem a situação e ir até a delegacia mais próxima para relatar o crime. A vítima não pode deixar de avisar a instituição financeira da qual é correntista para informar o prejuízo.

 

Veja os cuidados:

 

– Os bancos jamais entram em contato para solicitar a instalação de aplicativos ou encaminham links para atualização de dados. Em caso de dúvida, sugere-se que o próprio cliente faça contato com a instituição financeira, seja por meio de comparecimento presencial ou através dos canais oficiais;

– Nunca instalar aplicativos desconhecidos ou acessíveis por links em mensagens instantâneas, SMS ou e-mails;

– Acompanhar com regularidade os extratos bancários, ativando no aplicativo da instituição, se possível, o serviço de notificações em tempo real das transações realizadas;

– Criar senhas fortes e não compartilhar com terceiros.

(Fonte: g1 Tocantins)


Newsletter
Inscreva-se e receba nossas notícias em seu e-mail.