Uso de venda e goleiro sem deficiência: entenda o futebol de cegos
Cinco vezes campeão paralímpico, o Brasil vai tentar manter a hegemonia em Paris no futebol de cegos. A equipe começa a busca por mais um ouro paralímpico no domingo (1) contra a Turquia.
Além dos turcos, o time brasileiro enfrenta França e China na fase de grupos, e conta com o talento de nomes como Ricardinho e Jefinho na capital francesa. Nesta edição, o torneio será disputado no estádio da Torre Eiffel, um dos lugares mais emblemáticos do país.
Entendendo o futebol de cegos
Cada seleção conta com cinco jogadores no campo, sendo quatro de linha, com alguma deficiência visual, e o goleiro, único atleta com visão total. Este não pode ter participado de competições da Fifa nos últimos cinco anos.
Ao contrário do futebol tradicional, a modalidade paralímpica é dividida em dois tempos de 25 minutos e precisa ser em locais silenciosos, sem eco. Ou seja, a torcida só pode se manifestar na hora do gol.
Uso das vendas
Os quatro atletas de linha precisam usar venda nos olhos durante a partida. Se eles possuem deficiência visual, por que o uso é obrigatório?
Nem todos os jogadores são completamente cegos. Alguns possuem visão comprometida, mas com capacidade de distinguir objetos próximos. Com isso, o objetivo do uso da venda é deixar todos os atletas com igualdade de competição.
Vale lembrar que é proibido tocar nas vendas dos jogadores. Cada toque é computada uma falta. Com cinco infrações, o jogador é expulso de campo, mas pode ser substituído por outro.
Demais regras
Além do auxílio do técnico e do goleiro, um guia fica atrás do gol adversário orientando os atletas do seu time. O objetivo é auxiliar no posicionamento em campo para os atletas saberem onde devem chutar.
Outro auxílio aos atletas é o uso de guizos internos na bola para facilitar a sua localização.