Bellingham era mal visto no vestiário da Inglaterra, diz site; veja motivos
Mais uma vez, a seleção da Inglaterra ficou no quase. O vice-campeonato da Eurocopa 2024, o segundo consecutivo, teve como protagonista Jude Bellingham, craque do Real Madrid. Para o bem ou para o mal.
Um dia após a derrota para a Espanha na grande final, o site “The Athletic”, do “New York Times”, publicou uma reportagem com os bastidores da campanha do English Team, na qual revela alguns problemas de relacionamento.
Grande alvo da esperança mas também das críticas da torcida, Bellingham não era exatamente querido pela grande maioria dos companheiros.
E, segundo a reportagem, ele se importava muito com o que era escrito sobre ele na imprensa e nas redes sociais.
Campanha da Adidas pegou mal
O ápice da antipatia dos colegas teria sido a campanha publicitária “Hey Jude”, da Adidas, que pintou Bellingham como o salvador da seleção inglesa. A mensagem estaria em desacordo com o espírito coletivo do time de Gareth Southgate.
O site cita ainda o caminho alternativo da carreira do camisa 10, em comparação com seus colegas. Evitou a Premier League e foi do Birmingham City para o Borussia Dortmund e, depois, o Real Madrid.
Ele não teve grandes experiências nas seleções de base da Inglaterra, queimando etapas e, por isso, não passou tanto tempo com seus contemporâneos. Seu único amigo, diz “The Athletic”, era o lateral Trent Alexander-Arnold.
Líder que não protegia os menos experientes
Durante a preparação inglesa, Bellingham acabou entrando no grupo da liderança do vestiário, ao lado de Kane, Walker e Rice, mas isso não era visto, por exemplo, nas obrigações como as entrevistas coletivas.
Enquanto isso, jogadores menos experientes, como Cole Palmer, Anthony Gordon e Adam Wharton tinham que atender a imprensa e responder perguntas embaraçosas sobre o rendimento da equipe.
Críticas de Rooney
A (falta de) atitude gerou críticas de Wayne Rooney, ex-capitão da Inglaterra. Ele escreveu em uma coluna de jornal que Bellingham deveria assumir responsabilidade.
“Está na hora de crescer, tomar decisões e dizer: ‘Eu preciso ajudar e falar nos momentos momentos difíceis””, disse Rooney. “Porque se a Inglaterra ganhar a Euro, tenho certeza que você vai vê-lo dando entrevistas”.
Foi o que aconteceu, por exemplo, depois do gol heroico de bicicleta que ele fez contra a Eslováquia, nas oitavas de final, quando saiu gritando “Who else?” (“quem mais?”, em tradução livre) para as câmeras na comemoração.
“Mensagem para algumas pessoas”
Eleito jogador da partida, Bellingham falou que a comemoração foi “uma mensagem para algumas pessoas”. “Você ouve as pessoas falando muita besteira. É bom devolver um pouco, quando você entrega”, disse ele.
O camisa 10 deu assistência para o gol de Palmer na final, mas, no fim das contas, esperava-se mais dele, diante de suas performances esmagadoras no Real Madrid, campeão de praticamente tudo na temporada.
Aos 21 anos, Bellingham se despediu de sua primeira Eurocopa com dois gols e uma assistência em sete jogos.
(Publicado por Luccas Oliveira)
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