O que fazer em Bariloche em julho? Veja dicas de passeios imperdíveis
A província de Bariloche, na parte argentina da Patagônia, é um destino popular entre os brasileiros, principalmente, nas férias de julho. Conhecida por quem busca um local para esquiar, a cidade também guarda outros passeios preciosos pelas montanhas, vilarejos e os vários lagos da famosa Rota 40.
Conhecer o Cerro Tronador, onde a queda de um pedaço de gelo causa o ruído de um trovão, é um dos passeios imperdíveis pela região. Além dele, passar pela Rota dos 7 Lagos, fazer um passeio de barco até o Bosque dos Arrayánes e aprender a esquiar no Cerro Catedral são algumas das atividades essenciais em Bariloche.
Com viagens longas e curtinhas, é possível desfrutar das várias belezas naturais que a cidade oferece.
Confira passeios imperdíveis em Bariloche, na Argentina:
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Cerro Tronador e Geleira Negra
O lugar onde a queda de um pedaço de gelo, do topo da montanha do Cerro Tronador, bate no lago congelado embaixo e faz um barulho de trovão. Por isso, o nome: “tronador” significa trovão em espanhol. O imponente vulcão fica no sul da Cordilheira dos Andes, na fronteira entre Argentina e Chile, entre os parques nacionais Nahuel Huapi e o Vicente Pérez Rosales.
A viagem de ônibus para lá é tão bonita quanto o destino final. No percurso, a estrada percorre as beiras dos lagos Gutiérrez e Mascardi até a estrada Provincial 82. Só essa volta, com as belezas naturais da Patagônia, dos rios de águas cristalinas, as árvores em meio às montanhas, lagos e o charme da região, já faz o passeio, que dura o dia inteiro, valer a pena.
Os mirantes são boas paradas para aproveitar as vistas de montes como Bonete e Cresta de Gallo. Para quem gosta de montanhismo e pesca, vale a pena virar a direita e andar pelos bosques após passar pela Villa Mascardi — lá, encontra-se o lago Los Moscos e o rio Manso. Também é uma boa ideia parar no Mirante Isla Corazón, onde é possível observar uma ilha em formato de coração.
Os turistas, no entanto, não precisam se preocupar com alimentação. O passeio faz uma parada em Pampa Linda, onde há serviços de hospedagem e gastronomia, sendo um dos melhores pontos para observar o vulcão de longe. Depois, é seguir até a base do monte.
A geleira Ventisquero Negro, que recebe esse nome devido à coloração escura, desce o tronador e fica em sua base. Ao redor do vulcão, nesta época, a paisagem é coberta por neve. De repente, você vai se assustar enquanto observa os arredores: com céu aberto e sem sinal de chuva, vai ouvir um barulho de trovão. Mas não se preocupe, é o ruído do gelo caindo de seu topo e batendo no lago congelado, um dos pontos mais surpreendentes do passeio.
Devido à altitude, o único ponto de atenção para visitar o Cerro Tronador durante o inverno são as condições climáticas para a realização do passeio. Acompanhe as previsões do tempo e converse com a agência de viagem para determinar o melhor dia. Mesmo assim, o passeio é imperdível — em qualquer época do ano.
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Bosque de Arrayanes e Ilha Victoria
Essa dica é para quem quer navegar pelo lago Nahuel Huapi, com água de um azul intenso devido sua origem glacial, para observar mais de perto a fauna e a flora. Ali perto, encontra-se o bosque de arrayanes, que inspirou o desenho da animação “Bambi”, da Disney, e a ilha Victoria. Guias do Parque Nacional acompanham todo o trajeto para contar a história da região aos turistas.
A viagem sai do porto Pañuelo e atravessa o lago. Na travessia, já é possível aproveitar as paisagens montanhosas de inverno. No bosque, o arbusto arrayán cria um ambiente único com sua cor específica de açafrão e suas flores brancas.
O passeio, no entanto, não acabou: falta a ilha Victoria. Para chegar lá, os viajantes voltam ao barco e navegam até o porto Anchorena. Ali, há trilhas e a praia do Toro, de areia vulcânica, onde existem pinturas rupestres feitas pelos primeiros habitantes. Recomendo fazer o passeio à tarde.
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San Martín de Los Andes: Rota dos Sete Lagos
Há algumas maneiras de chegar a pequena San Martín de Los Andes, uma típica aldeia de estilo europeu, próximo a Bariloche. Recomendo caminhar pelas ruas da província e prestar atenção na vida ao redor, como crianças jogando futebol na rua e vizinhos se encontrando na calçada para uma rápida conversa.
Uma das formas de chegar em San Martín de Los Andes, rodeado por bosques e às margens do Lago Lácar, é passando e desfrutando as paisagens da conhecida Rota dos Sete Lagos. Ali, inclusive, passa a famosa Rota 40, que conecta a aldeia a Villa la Angostura. É preciso reservar um dia inteiro para a viagem.
Na estrada, há mirantes com varandas por todos os lados, sendo que as próprias paisagens da janela da van, do ônibus ou carro já servem como uma maravilha à parte. Beirando os bosques, a água dos lagos é azul-turquesa, cristalina e calma. Também consegue ser um tanto gelada, mas há quem se aventure a mergulhar por, no máximo, dois minutos.
O visitante desfruta das paisagens de, pelo menos, sete lagos: Correntoso, Espejo, Escondido, Villarino, Falkner, Machónico e Lácar, em San Martín de Los Andes. Caso seja possível desviar pela estrada, dá para avistar, no total, cerca de 10 lagos. A beleza é tanta que esse passeio é um aconchego aos olhos.
Tem como ir para Bariloche em julho e não separar um dia para esquiar? A cidade oferece o maior e um dos mais conhecidos centros de esqui da América do Sul: o Cerro Catedral, perfeito para quem quer praticar — e muito! — o esporte.
A montanha oferece uma ampla infraestrutura de serviço com 32 meios de elevação e mais de 1200 hectares de área para a prática do esqui. Com 58 pistas no total, a estação também oferece “esquibunda”, snow tubing, escola de esqui e um kids club com monitores.
A cerca de 40 minutos de carro do centro de Bariloche, fica a Colonia Suiza, o primeiro assentamento europeu da região. O local mantém as características de sua fundação, no século XIX, com casas, lojas artesanais e tendas culinárias.
Vale a pena também, para quem gosta de caminhar, andar pelas pequenas estradas ao redor, fazer uma trilha e chegar aos lagos. Lembre-se de usar sapatos confortáveis e levar um lanche na bolsa. Como é uma colônia pequena, passar a tarde lá é o suficiente.
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