Expansão da produção de cacau e cupuaçu na região do cerrado, em Tocantins
Além da produção em larga escala de grãos e carnes, as lavouras de cacau e cupuaçu estão se expandindo na região de cerrado no Tocantins. Essa atividade está se tornando cada vez mais importante para a economia local.
Empresas estão investindo na produção dessas frutas no oeste baiano, utilizando técnicas que permitem o cultivo a pleno sol, resultando em maior precocidade e produtividade.
A produção de cacau é uma atividade altamente rentável e adaptável para produtores de diferentes escalas. O clima favorável e a disponibilidade de água no estado tornam o Tocantins um local ideal para o cultivo de cacau.
Atualmente, o estado possui uma área de 133 hectares de cacau cadastrada e monitorada.
Fazenda referência na produção de cacau
Fazenda Ipê Amarelo, localizada em Tocantinópolis, é uma das principais produtoras de cacau no estado do Tocantins. Foto: Reprodução
A Fazenda Ipê Amarelo, localizada em Tocantinópolis, é uma das principais produtoras de cacau no estado do Tocantins. Com uma produção significativa, a fazenda tem se destacado tanto no mercado interno quanto no mercado internacional, exportando seu produto para diferentes países.
Com seis anos de existência, a Fazenda Ipê Amarelo recebeu investimentos de cerca de R$ 16 milhões, valor que tem contribuído para o crescimento do empreendimento, que atualmente emprega mais de 60 pessoas de forma regular e cerca de 40 funcionários adicionais durante a época de colheita.
Vale ressaltar que, no estado do Tocantins, apenas duas propriedades, ambas pertencentes à mesma família, se dedicam à produção de cacau.
Além do cacau, o cupuaçu também é uma fruta de grande valor econômico na região amazônica. O município de Esperantina, no extremo-norte do Tocantins, é um dos principais produtores do fruto, que é utilizado na produção de bombons, cremes, sorvetes, sucos e refrescos. A polpa também é utilizada na indústria de cosméticos.
Ações para manter o estado livre de praga
Além do cacau, o cupuaçu também é uma fruta de grande valor econômico na região amazônica. Foto: Reprodução
O Tocantins é considerado livre da praga quarentenária moniliophthora roreri, conhecida como monilíase, que afeta a produção de cacau e cupuaçu.
Para garantir a proteção das plantas e evitar a propagação de doenças, a Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) realiza ações preventivas em parceria com as agências dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.
De acordo com o responsável técnico pelo Programa de Fruticultura da Adapec, Helcids de Sá Reis, são adotadas medidas para manter as plantas saudáveis e protegidas. Além disso, são montadas barreiras para fiscalizar o trânsito dos frutos, impedindo que áreas afetadas pela praga entrem em contato com áreas livres dela.
Essas ações são realizadas semestralmente, com o monitoramento das áreas comerciais localizadas em Tocantinópolis e Araguaína. Caso sejam identificados sintomas típicos da praga, é feita a coleta de material suspeito, que é encaminhado ao laboratório oficial do Ministério da Agricultura para diagnóstico.
“O cultivo dessas frutas em sistemas agroflorestais oferece oportunidades de renda para os pequenos agricultores, além de promover a sustentabilidade e a economia de baixo carbono”, concluiu.
Por Agro 2.