30 restaurantes participam do Festival do Bacalhau da Noruega em São Paulo
A segunda edição do festival dedicado ao bacalhau, um nobre peixe pescado principalmente na Noruega, acontece em São Paulo de 12 a 29 de setembro. O evento tem o objetivo de destacar a versatilidade do bacalhau, surpreender os consumidores que ainda não o conhecem bem e lembrar que o peixe vai além das tradições de Páscoa e Natal.
Durante o festival, 30 renomados restaurantes paulistanos apresentarão pratos inovadores com bacalhau. A seleção inclui uma ampla gama de cozinhas internacionais, desde a italiana com Aguzzo e Modern Mamma Osteria, até a francesa com Le Jazz e a japonesa com Kinoshita, mostrando como o bacalhau se adapta perfeitamente a diferentes estilos culinários.
O Bar da Dona Onça, da chef Janaina Torres, é outro participante que dispensa apresentações, assim como o Capim Santo, da chef Morena Leite. E há desde empreendimentos já tradicionais, a exemplo do Rancho Português, até casas recém-abertas como a brasserie de frutos do mar Le Bulô, do chef carioca Ricardo Lapeyre.Clique aqui e confira a lista completa dos participantes.
O festival Bacalhau da Noruega é realizado pelo SindRio, o Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro, em parceria com o Conselho Norueguês da Pesca. “O festival ajuda a acabar com uma porção de desconhecimentos que os brasileiros têm, de maneira geral, em relação ao bacalhau”, diz Sérgio Abdon, diretor-executivo do SindRio. Já Giselle Martins, Consultora Coordenadora de Treinamentos do Conselho Norueguês da Pesca, diz: “Um festival como esse, além de ser um presente ao paladar, conecta os restaurantes e clientes com o ingrediente. O Bacalhau faz parte da cultura afetiva do brasileiro. Para nós, bacalhau é sinônimo de tradição, festa, reunião de família e amigos queridos. Queremos preservar e passar para as novas gerações esse costume saudável e delicioso”.
O bacalhau mais elogiado do mundo, convém registrar, é o Gadus morhua. Rico em vitamina A, ômega 3, cálcio, ferro e com baixíssimo teor de gordura, ele é encontrado em países como a Noruega, com águas frias e cristalinas dos mares que circulam o Polo Norte. O pescado é submetido a um processo de salga e secagem. O objetivo disso é retirar apenas a água do peixe, preservando suas proteínas, vitaminas e minerais — o sabor, portanto, é mantido a salvo. Registre-se que esse processo não faz uso de conservantes artificiais.
Trata-se do mesmo processo usado para conservar outro peixe, o Pollachius virens. Mais conhecido como Saithe, ele também é celebrado pelo festival Bacalhau da Noruega. A origem do Pollachius virens é a mesma — o círculo polar ártico.
O Gadus morhua é conhecido, principalmente, pela qualidade de suas pétalas, que se soltam com facilidade após o cozimento. Não à toa, a espécie é servida, geralmente, em postas. A Tasca da Esquina, por exemplo, serve uma porção generosa ao forno (leva cebola caramelizada e batatas assadas) ao lado do pescado à brás (em lascas, com cebola, ovo e chips de batata). O Saithe tem uma textura excelente. Sua carne, que desfia com facilidade após o cozimento, é ideal para bolinhos, saladas, caldos, pirões e recheios.
Serviço
Festival do Bacalhau da Noruega em São Paulo
De 12 a 29 de setembro, clique aqui para saber todos os endereços participantes.