Onde viajar em 2025: os destinos desejo de Daniela Filomeno pelo mundo
Fazer uma lista de metas não é tarefa fácil, ainda mais quando entendemos que, talvez, não conseguiremos cumprir todos os itens. Porém, mais do que metas, costumo esboçar uma lista de desejos para o ano que começa, principalmente quando o assunto é para onde viajar.
Assim, coloco no papel os lugares que mais quero conhecer neste novo ano, sendo uma forma de mentalizar a concretização de pisar em um destino inédito e de percorrer suas maravilhas.
A relação que compartilho abaixo pode ser também uma fonte de inspiração para você se programar para os próximos anos. Afinal, dica boa é dica compartilhada.
Do Brasil ao Vietnã, passando por Arábia Saudita e Equador, divido a seguir os destinos que mais têm mexido com a minha cabeça para 2025, incluindo praias, desertos, resorts de esqui, cidades históricas ou onde o ecoturismo é palavra de ordem. Boa viagem!
Butão
“Escondido” entre a China e a Índia, o Reino do Butão, para a nossa sorte, tem sido gradualmente aberto para o turismo internacional. Templos históricos, trilhas de trekking e paisagens deslumbrantes dos Himalaias formam alguns dos atrativos.
Com apenas 800 mil habitantes e uma área menor que o estado do Rio de Janeiro, o Butão viu em tempos recentes a abertura de hotéis e lodges de redes luxuosíssimas, a exemplo de Aman, Six Senses, COMO e andBeyond, que apostam no destino por conta do apelo fora da curva.
A capital Thimphu é porta de entrada para mercados locais e paisagens acima dos três mil metros. A região de Gangtey é conhecida pelos campos e Punakha reúne vários templos. Um dos símbolos do país é o Mosteiro de Taktsang – o Ninho do Tigre – cartão-postal no sopé de uma montanha construído no século 17 por monges budistas.
O país também carrega alguns fatos interessantes. O Aeroporto Internacional de Paro é considerado um dos mais arriscados do mundo, com pouquíssimos pilotos autorizados a pousar, e o país se intitula como o mais feliz do mundo por conta de seu índice de Felicidade Interna Bruta.
Índia
Com sua vastidão e cultura fascinante, a Índia sempre aguçou a minha curiosidade. Claro que o Taj Mahal, uma das sete maravilhas do mundo moderno, e as crenças ao redor do rio Ganges ajudam a colocar o país no topo da lista, mas vários outros são os endereços que quero conhecer. Hotéis acolhedores, gastronomia local e experiências que são um choque de cultura são alguns dos tópicos irremediáveis do roteiro.
Nova Délhi, a capital, pode ser um bom começo para aclimatar meus anseios, sendo ponto de partida para templos e para a gastronomia local, cheia de especiarias e tradições. Mumbai, com seu icônico portão de entrada, é um fervilhante centro de produção de Bollywood e também está na rota.
Jaipur, capital do Rajastão, destaca-se pelos palácios e pelas construções rosadas, sendo um contraponto interessante. O mesmo vale para as praias de Goa, no oeste do país, que beijam o Mar Arábico e que conservam igrejas e plantações de especiarias implantadas aqui pela colonização portuguesa.
Vietnã
No sudeste asiático, o Vietnã pipoca em nossas mentes com imagens de campos de arroz verdejantes, que se espalham principalmente pela região do Delta do Mekong, no sul do país. Rios, mercados flutuantes e o vai e vem da vida rural são parte do cotidiano desta parte vietnamita.
Mas não é somente o Mekong que me atrai: as influências chinesas e francesas formam uma cultura peculiar, em que cidades históricas e templos de norte a sul nos oferecem um portal para o passado. A rica gastronomia vietnamita também entra no jogo, com o pho, prato nacional, e o bánh mì, sanduíche que mexe com a cabeça de foodies pelo mundo – o café também é parte da jogada, já que o país é o segundo maior produtor do grão no mundo, atrás apenas do nosso Brasil.
Hanói é a capital e carrega aspectos coloniais franceses. A maior cidade do país, porém, é a Cidade de Ho Chi Minh, antiga Saigon, sendo um importante centro cultural e econômico. Para maravilhas naturais, a Baía de Ha Long, com suas incontáveis ilhotas, está no roteiro, assim como Phu Quoc, perta da costa com o Camboja.
Jalapão (Tocantins)
O Jalapão é um dos destinos mais procurados pelos amantes de ecoturismo no Brasil. Suas cores, alto astral e natureza esbelta seduzem viajantes de todo o país e transformam o Parque Estadual do Jalapão em um dos destinos mais em alta do Norte, com um empurrão também das redes sociais.
Situado a cerca de 180 km da capital Palmas, o parque tem cartões-postais fascinantes, como os fervedouros, que são verdadeiros oásis em meio ao Cerrado. O Fervedouro Bela Vista é um que não pode faltar na lista: o grande poço de água azul turquesa aguça nossa vontade de conhecer o local.
Outros pontos do roteiro podem ser a Cachoeira da Velha, a Prainha do Rio Novo, as dunas douradas e a Cachoeira do Formiga. O ideal é percorrer as redondezas em um veículo 4×4 com direito a paradinhas para dormir, comer e descansar nos municípios de Mateiros e de São Félix.
Chapada Diamantina (Bahia)
Bem no centro da Bahia, a Chapada Diamantina é um dos melhores destinos de ecoturismo e de aventura do país, despontando inclusive entre os turistas LGBTQIA+. A região montanhosa foi elevada à categoria de parque nacional em 1985 e presenteia os aventureiros com serras, vales, cânions, grutas, cachoeiras e rios.
O destino tem ligação com o ciclo do diamante, que remonta ao século 19, e carrega uma aura esotérica e mística. Locais como o Pico do Barbado, o ponto mais alto da Bahia, e o Morro do Pai Inácio, com pôr do sol disputado, são populares nos roteiros.
Cachoeiras como a da Fumaça e do Buracão, assim como o Poço Encantado e a Gruta Azul, também fazem jus à fama da Chapada, que abrange 42 mil km² e 24 municípios. A cidade de Lençóis é a mais famosa base, com estrutura hoteleira e restaurantes, distante cerca de 430 km de Salvador.
AlUla (Arábia Saudita)
No noroeste da Arábia Saudita, AlUla é um destino em ascensão, muito por conta seu apelo isolado no meio do deserto onde luxo e paisagens de outro mundo fazem parte do pacote. Por meio da localização e das fotos, não é exagero afirmar que a cidade se assemelha a um oásis, acessível por meio de Dubai, Doha ou de Riad e de Jeddah.
É aqui que, em meio às montanhas de arenito, fica o primeiro Patrimônio da Humanidade pela Unesco da Arábia Saudita, o sítio de Hegra, onde tumbas e túmulos monumentais que datam desde o século 1 a.C seguem preservados. A Pedra do Elefante também é um dos atrativos mais majestosos da região.
AlUla ainda é lar do Maraya, estrutura de 26 metros de altura totalmente espelhada no Vale de Ashar que funciona como um hub cultural – você com certeza já deve tê-lo visto em seu feed. Formado por 9.740 painéis espelhados, ele se camufla em meio à paisagem e é considerado o maior edifício espelhado do mundo.
O destino fica ainda mais sedutor com o restaurante pop-up de Alain Ducasse, o Ducasse in AlUla, e com o Our Habitas AlUla, hotel no coração do deserto que nos oferece 96 villas luxuosas. Desde que abriu no fim de 2021, a piscina de borda infinita é figurinha carimbada entre os desejos de viajantes antenados.
Utah (Estados Unidos)
No oeste dos Estados Unidos, Utah é um dos estados mais espetaculares do país por conta das paisagens diversas, que vão do deserto aos picos nevados. Lar de parques de natureza bruta, incluindo cinco nacionais e mais de 40 estaduais, vários são os pontos certificados pela DarkSky, entidade que incentiva a preservação e proteção de locais escuros e que são ótimos para o turismo noturno, uma das tendências de viagem de 2025.
Salt Lake City, a capital, não passa despercebida. Emoldurada pelas montanhas nevadas da cordilheira Wasatch, a cidade de mais de 200 mil habitantes abriga o Great Salt Lake, o maior lago de água salgada do Ocidente, e é porta de entrada para resorts de esqui.
No inverno do Hemisfério Norte, Utah se transforma em um paraíso gelado para esquiadores, com resorts a nível mundial e entre os melhores dos Estados Unidos. Destinos como Park City Mountain Resort, Deer Valley e Snowbird atraem visitantes do mundo todo em busca de boas montanhas e do charme que só a neve traz.
Delta do Parnaíba (Maranhão e Piauí)
Na divisa entre o Piauí e o Maranhão, o Delta do Parnaíba possui uma das paisagens mais admiráveis do Brasil. O encontro do rio Parnaíba com o Oceano Atlântico resulta em uma bela mistura de ilhas, igarapés, dunas e manguezais, tudo envolto com uma rica biodiversidade.
O delta é um dos principais destinos da Rota das Emoções e fica em uma área de proteção ambiental, onde o pôr do sol costuma presentear os visitantes com a Revoada dos Guarás, momento em que as aves avermelhadas dão um espetáculo no horizonte.
O Delta do Parnaíba pode ser visitado a partir da cidade piauiense de Parnaíba e também da praia de Barra Grande, famosa pela prática de kitesurf. Tour de barco pelas principais ilhas da região, como a Ilha dos Poldros, a Ilha das Canárias, a Ilha do Caju, e também as dunas do Morro Branco estão entre os atrativos mais conhecidos.
Galápagos (Equador)
O isolamento geográfico, a visita de Charles Darwin no século 19 e a biodiversidade abundante fazem com que Galápagos seja constantemente motivo de fascínio entre viajantes do mundo todo. Pertencente ao Equador, o arquipélago fica a cerca de mil quilômetros do continente e tem características singulares.
Paraíso para biólogos de plantão, Galápagos reúne paisagens vulcânicas arrebatadoras e é lar para espécies endêmicas, como tartarugas gigantes, iguanas marinhas e os tentilhões de Darwin. Por falar nele, o naturalista britânico visitou as ilhas em 1835 a bordo do navio HMS Beagle, ocasião que o impulsionou a desenvolver a teoria da evolução das espécies por seleção natural, revolucionado a biologia.
Hoje, passeios de barco, mergulhos, trilhas e observação de aves estão entre as principais atividades da região, que oferece um turismo de expedição e na ligação com a natureza. As ilhas de São Cristóvão, Santa Cruz e Isabela estão entre as bases mais famosas, com certa infraestrutura, e a forma mais comum de chegarmos até aqui além de cruzeiros é por meio avião de Quito ou de Guayaquil.
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