O mundo está maior e mais conectado do que jamais esteve em qualquer momento da história da humanidade. Aviões modernos podem transportar pessoas de Nova York a Cingapura ou de Londres à Cidade do Cabo, viagens que teriam levado semanas ou meses em gerações anteriores.

Mas, às vezes, muitas opções podem ser paralisantes. Estamos na era do FOMO — medo de ficar de fora (na sigla em inglês). As redes sociais fazem parecer que todas as pessoas que você já conheceu estão em férias exóticas a qualquer momento. Então, como escolhemos quais lugares visitar?

Todo lugar tem motivos que o tornam digno de uma visita. A lista de 25 destinos a seguir inclui lugares que consideramos particularmente interessantes para visitar em 2025.

Almaty, Cazaquistão

As paisagens dramáticas e os centros urbanos únicos da Ásia Central estão se mostrando particularmente atraentes. Liderando o caminho está a maior cidade do Cazaquistão, Almaty, que se tornou o novo destino “cool” da região.

É uma daquelas raras cidades que realmente tem tudo — ótima comida, vida noturna agitada, uma cena artística e cultural em rápido crescimento e fácil acesso a algumas das paisagens mais deslumbrantes e intocadas do mundo, graças à sua posição na base das montanhas Tian Shan.

As estações de metrô de Almaty são literalmente obras de arte, o complemento perfeito para seus museus de classe mundial, incluindo o Museu Estatal de Arte Abilkhan Kasteev, que abriga mais de 20 mil obras de arte, e o Centro Tselinny de Cultura Contemporânea, que se muda para novas instalações em 2025.

O que comer? Almaty é considerada o berço da “culinária Neo Nômade“, uma mistura de técnicas modernas de culinária e ingredientes tradicionais usados pelos povos nômades que residem nos campos do país. Comece sua jornada culinária no impressionante restaurante Auyl, no Vale Medeu, ao sul da cidade.

Chegar a Almaty é surpreendentemente fácil também. A cidade pode ser alcançada por voos diretos da Europa, Ásia e Oriente Médio, enquanto o Cazaquistão oferece entrada sem visto para cidadãos de uma longa lista de países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Austrália e Reino Unido.

Ilhas Andaman e Nicobar, Índia

Do outro lado da Baía de Bengala, este Estado da União da Índia tem sido historicamente tão difícil de visitar que a maioria dos indianos nunca esteve lá. Isso pode começar a mudar com o primeiro voo internacional regular de passageiros ao arquipélago — de Kuala Lumpur, Malásia, para a capital das ilhas, Port Blair — lançado no final de 2024.

Alguns que ouviram falar desta área provavelmente a associam injustamente a John Allen Chau, um missionário americano que tentou evangelizar uma tribo não contatada nas Ilhas Sentinel do Norte e foi morto. Mas é incrivelmente difícil — e ilegal — acessar Sentinel do Norte a partir das Ilhas Andaman e Nicobar, e seria uma pena desconsiderar esses locais bonitos e amigáveis, e a hospitalidade que oferecem.

As pessoas sortudas que já estiveram lá frequentemente comparam este conjunto de ilhas às Maldivas — mas antes das grandes marcas internacionais chegarem. Espere sucos frescos, chai e parathas no café da manhã em estabelecimentos de propriedade local, praias para andar descalço até onde a vista alcança e uma abundância de riquezas quando se trata de atividades aquáticas como mergulho com snorkel e caiaque.

A Ilha Barren, lar do único vulcão ativo da Índia, é acessível por barco particular, e Swaraj Dweep, apenas a uma balsa de distância de Port Blair, é um sonho para mergulhadores.

A conectividade com a internet também é irregular, na melhor das hipóteses, no arquipélago. Então, aproveite a oportunidade para realmente se desconectar — talvez o maior luxo de todos.

Bequia, São Vicente e Granadinas

“Todo mundo sonha em ir para a Inglaterra, meu sonho é ir para Bequia”, são os versos iniciais de uma música do artista caribenho Marlo Benn, que celebra o charme desta ilha de sete milhas quadradas em forma de raio.

E quando você olha mais de perto para Bequia, é fácil entender por que este deslumbrante destino de praias de areia branca, temperaturas amenas o ano todo e exuberante folhagem tropical inspiraria tal afeição. Situada a meia hora de voo da ilha caribenha de Barbados, Bequia é uma das 32 ilhas que compõem São Vicente e Granadinas. A vizinha Mustique é, sem dúvida, mais famosa, mas o encanto de Bequia é inegável.

Em 2024, a ilha foi atingida pelo furacão Beryl, de categoria 4, mas Bequia se recuperou mais forte do que nunca, com um aumento nas chegadas registrado em setembro.

Com quilômetros de areia branca, a Praia Princess Margaret, batizada em homenagem à irmã mais nova da rainha Elizabeth 2ª, da Inglaterra, é a mais famosa. É também, possivelmente, a sua praia mais bonita, e definitivamente vale a visita. Em Friendship Bay, o Museu do Patrimônio de Bequia oferece uma visão completa da história da ilha, incluindo sua antiga tradição baleeira.

Já o evento anual de iates TradeWinds, que celebra a cultura e o patrimônio marítimo das Granadinas, atrai visitantes de todo o mundo a cada ano.

Bolívia

Em 6 de agosto, comemora-se o bicentenário da independência da Bolívia da Espanha, sob a liderança de Simón Bolivar, que se tornou o primeiro presidente do país sul-americano. Embora os planos para as festividades ainda estejam em sigilo, 2025 promete ser um ano de celebração.

A maioria dos visitantes tende a incluir uma estadia na Bolívia em uma viagem mais longa ao Peru, mas “o país é um destino por si só”, diz Laura Rendell-Dunn, da Journey Latin America. “Você pode facilmente passar duas semanas ou mais explorando seus muitos pontos turísticos”.

A cena gastronômica da capital La Paz está se aproximando de Lima com lugares como o Gustu, aberto pelo cofundador do Noma, Claus Meyer, e agora administrado pela chef boliviana Marsia Taha. O restaurante está ganhando elogios em todo o mundo por sua comida boliviana tradicional redefinida, incluindo jacaré com cupuaçu (uma fruta amazônica doce) e lhama com llullucha (uma alga básica andina).

Hotéis de primeira linha como o Atix oferecem acomodações luxuosas na altitude de 3.650 metros de La Paz. Em áreas mais rurais, você encontrará luxo despojado, como trailers Airstream, no Salar de Uyuni.

Onde quer que você viaje na Bolívia — seja no Lago Titicaca (na fronteira com o Peru, nos Andes, é o lago navegável mais alto do mundo), Tiwanaku (um assentamento pré-inca próximo) ou Sucre, protegida pela Unesco com sua arquitetura colonial espanhola — você encontrará acomodações luxuosas e, geralmente, menos turistas do que do outro lado da fronteira, no Peru.

Antes chamada Karl-Marx-Stadt, o marco mais famoso desta cidade do leste alemão é uma cabeça de bronze gigante, o “segundo maior busto do mundo“, em homenagem ao filósofo do século 19. Erguida em 1971, a imponente escultura, uma lembrança do passado complexo de Chemnitz, há muito tempo é uma das principais atrações para os visitantes. No entanto, Marx nunca visitou a cidade em sua vida.

Em 2025, os holofotes estão se voltando para outras características notáveis do local. Chemnitz brilha como uma das Capitais Europeias da Cultura de 2025, junto com Nova Gorica, da Eslovênia. Antiga cidade mais rica da Alemanha, a rica diversidade de Chemnitz está sendo celebrada na forma de festivais de jazz, indie e dança, arte de rua, encontros de carros antigos e exposições.

Os visitantes também poderão apreciar os estilos arquitetônicos ecléticos de Chemnitz. A prefeitura em duas partes — composta pela Antiga Prefeitura, ou Altes Rathaus, construída no século 15, e a Nova Prefeitura em estilo Art Nouveau, Neues Rathaus, erguida no início do século 20 — é um dos melhores exemplos.

Usando o lema “Veja o que não foi visto”, as autoridades estão promovendo projetos culturais como o Purple Path, uma trilha de arte e escultura que conecta Chemnitz com 38 municípios e comunidades, além de destacar o compromisso da cidade em transformar pequenos espaços públicos em centros comunitários.

“O programa cultural mostra, de maneira impressionante, onde o coração cultural da Europa baterá em 2025: em Chemnitz”, diz Stefan Schmidtke, diretor administrativo do projeto.

Trilhas na Inglaterra

Todo tipo de trilhas cruza os campos ingleses, muitos dos quais têm sido percorridos por humanos desde os tempos antigos. O acesso a esses locais está consagrado em lei aprovada há pouco mais de 75 anos. Isso significa que, independentemente de quem seja o proprietário da terra, geralmente há uma trilha sinalizada, e algumas das paisagens mais idílicas do mundo permanecem abertas a todos.

A Inglaterra pode não ter as trilhas épicas de montanha encontradas em algumas partes do mundo, mas, a poucos metros de quase todas as portas do país, há um caminho que serpenteia por um túnel verde de árvores suspensas ou em direção a uma paisagem romântica.

Rotas de longa distância populares como Pennine Way (que completa 60 anos em 2025), Coast-to-Coast ou South Downs Way chamam atenção, mas cantos mais tranquilos do país têm suas próprias trilhas sinalizadas. Na verdade, qualquer pessoa armada com um mapa da Ordnance Survey pode criar sua própria rota.

Está visitando apenas Londres? Confira a Capital Ring Walk — uma trilha seccionada que circunda os subúrbios e áreas selvagens escondidas da cidade. Ou siga pela linha Metropolitan do metrô e experimente a Chess Valley Walk, de Chesham a Rickmansworth: 16 quilômetros de pura tranquilidade rural, com uma estação de metrô em cada extremidade.

Essuatíni e província de Mpumalanga, África do Sul

O pequeno país sem litoral de Essuatíni (anteriormente conhecido como Suazilândia), no sul da África, uniu forças com a província sul-africana de Mpumalanga e o vizinho Moçambique para uma iniciativa turística transfronteiriça conhecida como TRILAND 2024-2025.

O objetivo é construir um corredor turístico através da região sudeste africana e, embora o governo dos Estados Unidos atualmente desaconselhe viagens a Moçambique, os países da TRILAND estão prontos para receber visitantes.

A província de Mpumalanga abriga a Reserva Natural do Cânion Blyde River, o terceiro maior cânion do mundo, depois do Grand Canyon, nos Estados Unidos, e do Fish River Canyon, na Namíbia. O que diferencia o Blyde River, no entanto, é que ele é ricamente coberto por vegetação subtropical verde.

A God’s Window é um dos pontos de visitação mais espetaculares do que é conhecido como Rota Panorâmica. Os visitantes frequentemente combinam com uma viagem ao Parque Nacional Kruger, a pouco mais de uma hora de carro.

Em Essuatíni, a Sibebe Rock é a resposta africana ao Uluru australiano, mas sem as multidões. A apenas 10 quilômetros ao norte da capital Mbabane, é o maior plutão de granito exposto do mundo. É uma caminhada desafiadora mas gratificante, melhor feita com um guia, seguindo trilhas marcadas e durante a estação seca (abril a setembro).

Gdańsk, Polônia

Gdańsk é talvez mais famosa por ser o local onde a Segunda Guerra Mundial oficialmente começou, além de ser o berço do movimento Solidariedade, que teve um papel importante no colapso do comunismo na Polônia. Mas há muito mais nesta cidade portuária, localizada na costa báltica do país, do que sua conexão com momentos históricos decisivos.

Anteriormente conhecida como Danzig, Gdańsk foi quase completamente reconstruída após a guerra, emergindo como uma das cidades mais bonitas e coloridas da Polônia.

O Museu da Segunda Guerra Mundial, um prisma imponente situado ao longo da orla da cidade, destaca-se como um dos exemplos mais notáveis de sua arquitetura mais impressionante. Há também o Artus Court, do século 14, e a Igreja de Santa Maria, na Cidade Velha, considerada uma das maiores igrejas de tijolos do mundo, com 78 metros de altura.

Em 2023, o relatório da Comissão Europeia sobre a Qualidade de Vida nas Cidades Europeias classificou Gdańsk como uma das melhores cidades para se viver, com a maioria de seus residentes satisfeitos com as suas condições de vida.

O ano de 2025 marca um ponto de virada para a cidade, com a conclusão de um terminal portuário “revolucionário”, aproximando Gdańsk do objetivo de se tornar a principal porta de entrada para a Europa Central e o Leste Europeu.

Guilguite-Baltistão, Paquistão

Na década de 1970, o Paquistão era um ponto turístico de aventura, com sua sublime paisagem montanhosa sendo uma parada fundamental na “Rota Hippie” terrestre da Europa para o Sul da Ásia. Décadas de instabilidade política puseram fim a isso, mas aqueles picos épicos não foram a lugar algum.

A região de Guilguite-Baltistão, nas montanhas Karakoram, não é o lugar mais fácil de chegar — os horários dos voos podem ser pouco confiáveis, as estradas podem ser bloqueadas sazonalmente — mas tem muitos picos tentadores.

É lar de cinco dos 14 picos “8 mil” reconhecidos como os mais altos do mundo. Isso inclui o K2, a segunda montanha mais alta do mundo, mas a número 1 em termos de dificuldade e perigo.

Em termos de turismo e infraestrutura, fazer trilhas nesta região faz o Himalaia parecer um passeio no Central Park.

No ano passado, o Nepal proibiu caminhadas solitárias em todo o país, e este também é um lugar onde ir sozinho não é uma opção. No entanto, agora é acessível por meio de viagens organizadas por operadoras turísticas globais respeitáveis, incluindo G Adventures e Wild Frontiers. A Intrepid oferece uma caminhada de 10 dias totalmente assistida pela região conhecida como “Pequeno Tibet”, a partir de cerca de US$ 3 mil.

Trens italianos

Os amantes do luxo estão ansiosos pelo lançamento do La Dolce Vita Orient Express, um trem super luxuoso que percorrerá a Itália a partir de abril, com oito itinerários. Eles incluirão os caminhos bem percorridos de Veneza e Toscana até partes menos conhecidas do sul da Itália, incluindo Abruzzo e Basilicata (o itinerário das Pedras Eternas de Matera), além de Sicília a Roma e volta.

Aqueles com bolsos menos profundos ficarão aliviados em saber que não é preciso gastar cinco dígitos para viajar com estilo pelos trilhos na Itália.

Em dezembro, a operadora estatal Trenitalia foi classificada como a melhor da Europa, pontuando especialmente alto por sua “experiência de viagem”. Os trens de alta velocidade Frecce conectam as principais cidades em forma de T pela península, frequentemente mais rápido que voar. Para um toque de luxo dolce vita, reserve a classe executiva, um vagão com enormes poltronas reclináveis e serviço de mordomo.

Outra opção são os trens Treni Turistici Italiani (TTI) — frequentemente vintage — que foram reestofados e redesenhados para proporcionar uma experiência luxuosa aos visitantes. Novas rotas de 2025 incluem um serviço transfronteiriço de verão de Milão a Saint-Raphaël, na Côte d’Azur francesa, e um trem noturno sazonal de Roma a Lecce, na fervilhante região sul de Puglia.

Montanhas Kaçkar, Turquia

Escondida no canto nordeste da Turquia, entre o Mar Negro e a Geórgia, encontra-se esta cadeia montanhosa costeira de mil quilômetros de extensão. O clima ameno e úmido das montanhas Kaçkar significa que este é um idílio alpino transbordando de biodiversidade.

No verão, as encostas são cobertas de flores silvestres, tornando a área popular entre os adeptos de caminhadas, e os campos de avelã e plantações de chá ilustram a excelente produção da região.

Este também é o lar da prestigiada abelha do Cáucaso, e as colmeias são uma visão comum nesta região tranquila e rural, que é um parque nacional desde 1994.

Em outubro, os visitantes admiraram os espetaculares tons avermelhados e amarelos da folhagem da estação. Os picos rochosos das montanhas se elevam a quase 4 mil metros, e há geleiras e lagos glaciais em suas partes superiores. Também há muitas cachoeiras e riachos, com a cachoeira Maral, de 63 metros, uma das mais altas do país.

O esqui e o heli-esqui são atividades de inverno cada vez mais populares, embora a indústria do turismo no local ainda esteja em sua infância.

Mas isso deve mudar, já que a abertura do Aeroporto Rize-Artvin, na costa do Mar Negro, em 2022, tornou a região muito mais acessível para visitantes internacionais. Um voo de Istambul leva pouco mais de duas horas.

Kansai, Japão

Osaka sediará a Expo 2025, de abril a outubro. Como a segunda maior cidade do Japão já é mega popular entre turistas internacionais, aproveite o excelente sistema ferroviário do país para explorar mais a região de Kansai, que é composta por 10 prefeituras no centro-sul do Japão.

Em Nara, visite templos patrimônio da Unesco ao anoitecer, quando os famosos cervos da cidade saem para interagir com humanos — até comendo da mão deles e fazendo reverências em agradecimento educado.

Na prefeitura de Hyogo, a famosa carne de Kobe está disponível em todas as faixas de preço, desde croquetes acessíveis em uma janela de delicatessen até restaurantes estrelados Michelin. Mas também vale a pena conferir a emergente cena artística da cidade e os memoriais do terremoto que devastou a orla em 2015.

Faça uma visita ao Castelo de Himeji, conhecido como “garça branca” por sua aparência de pássaro em voo, antes que o preço do ingresso aumente em 2026.

Mendoza, Argentina

Enquanto Buenos Aires se orgulha com razão de sua cena gastronômica, Mendoza poderia dizer: “Segura minha taça”. Taça de vinho, é claro. A cerca de mil quilômetros a leste da famosa capital, Mendoza se orgulha de sua merecida reputação como paraíso do vinho.

No total, a região abriga cerca de 1.200 vinícolas, e o Malbec é muito valorizado no local. Esta cidade cosmopolita também é conhecida por seus restaurantes e spas de classe mundial, ruas arborizadas e céu ensolarado. O visual é deslumbrante, com as imponentes montanhas dos Andes formando o pano de fundo da cidade. Se vinho não é sua praia, há outras formas de relaxar.

Se você não se importa com multidões, considere visitar durante a Fiesta de la Vendimia. Os eventos em toda a província de Mendoza começam em janeiro e fevereiro, e atingem o seu ápice em março, quando cerca de 40 mil visitantes experimentam as variedades de vinhos locais. Se você for nessa época, estará chegando no verão argentino.

Visite o encantador Parque Histórico General San Martín, conhecido por suas 500 espécies de rosas, e o Museu de Ciências Naturais. Ou faça um passeio de um dia às relaxantes águas termais de Cacheuta — você pode até pegar um ônibus econômico e deixar que outra pessoa dirija.

Nashville, Tennessee

Será um ano ainda maior que o normal para a música country em Nashville: o Grand Ole Opry está completando 100 anos.

Em 28 de novembro de 1925, a rádio WSM estreou o que era então chamado de WSM Barn Dance, e nasceu a famosa atração da música country. Agora o programa de rádio mais antigo da história, o Opry já apresentou artistas como Hank Williams, Patsy Cline, Loretta Lynn, Willie Nelson e Dolly Parton, além das estrelas em ascensão de hoje.

O Ryman Auditorium, a “Igreja Mãe da Música Country”, foi sede do Opry por muitos anos, antes do show se mudar para o atual Opry House, em 1974. Os visitantes podem fazer tour em ambos os locais. E haverá mais shows no calendário do Opry do que nunca em 2025, incluindo eventos especiais de aniversário e datas selecionadas no Ryman.

A Cidade da Música também oferece outras atrações. Um novo empreendimento de uso misto, o Nashville Yards, tem previsão de abertura em 2025, ancorado por uma casa de shows com capacidade para 4.500 pessoas, The Pinnacle.

A região também conta com um esforço em andamento para oferecer mais sabores asiáticos em Nashville, com a sua primeira Chinatown. O projeto, localizado a sudeste do centro, em Antioch, contará com um supermercado pan-asiático com previsão de abertura neste ano, além de numerosos restaurantes e espaços comerciais por vir.

Niue

Praticamente qualquer ilha do Pacífico Sul pode parecer um ponto adequadamente isolado no mapa. Mas quando se trata de ilhas menos percorridas nesta parte incomparável do planeta, é difícil comparar qualquer lugar com Niue.

A pequena ilha polinésia autônoma em livre associação com a Nova Zelândia (os residentes têm passaportes neozelandeses) fica aproximadamente entre Fiji e as Ilhas Cook. Desde 2022, 100% das águas territoriais de Niue foram designadas como parque marinho de uso múltiplo, incluindo uma vasta zona de não-extração, que é um importante habitat para tubarões-recife-cinzentos e a endêmica serpente marinha katuali.

As baleias jubarte migram, dão à luz e brincam com os seus filhotes próximo à costa da ilha de 100 milhas quadradas entre o fim de junho e outubro, quando os visitantes têm a oportunidade de fazer snorkel e, às vezes, mergulhar com elas em águas que regularmente oferecem 160 pés de visibilidade (como Niue não tem água superficial fluindo para fora, o oceano ao redor é excepcionalmente claro).

Mesmo os visitantes que permanecem em terra firme, em locais como o Scenic Matavai Resort, regularmente veem jubartes passando ao largo durante a temporada (o “sino das baleias” do hotel toca para anunciar a sua presença).

A magia também abunda acima da superfície da água. “Trilhas marítimas”, chamadas Hala Tahi, levam das aldeias da ilha até a borda do penhasco e descem até os recifes abaixo, onde fascinantes cavernas e abismos de calcário, e locais pristinos para natação e mergulho, que dizem terem sido os favoritos da realeza de Niue, aguardam.

Lar de apenas 1.700 pessoas (cerca de 600 das quais vivem na pequena capital, Alofi), Niue também é um paraíso para observação de estrelas, sendo o primeiro país do mundo a receber a designação Dark Sky.

A maioria dos visitantes chega em voos da Air New Zealand vindos de Auckland (3,5 horas), que chegam e partem alguns dias por semana, mantendo o número de visitantes baixo.

Nuuk, Groenlândia

As paisagens acidentadas e a incrível vida selvagem da Groenlândia ficaram um pouco mais acessíveis recentemente, graças à inauguração do Aeroporto Internacional de Nuuk. Este hub de aviação revitalizado na capital da Groenlândia possui uma pista de 2.200 metros, permitindo que aeronaves maiores pousem no território dinamarquês baseado no Ártico pela primeira vez.

No verão do hemisfério norte, a United Airlines operará o primeiro voo direto dos Estados Unidos para a Groenlândia, pousando em Nuuk. A cidade é um ótimo ponto de partida para explorar o resto da Groenlândia de barco ou avião — desde absorver a cultura do povo inuit local, no Centro Icefjord, em Ilulissat, até maravilhar-se com icebergs e considerar o impacto da crise climática na Baía de Disko.

Mas Nuuk não é apenas um portal para a Groenlândia. Os destaques da cidade incluem o Museu Nacional e Arquivos, repleto de história, e a impressionante escultura Sedna, na orla, uma homenagem à deusa inuit do mar.

À medida que o número de visitantes da Groenlândia cresce, os viajantes podem ajudar a abraçar práticas de turismo sustentável empregando guias locais — seja para um tour a pé pela cidade operado localmente, ou para visitar o vizinho Nuup Kangerlu, um vasto fiorde que oferece avistamentos de baleias jubarte em meio a deslumbrantes paisagens montanhosas.

Ozark, Estados Unidos

Terreno acidentado, cachoeiras, corredeiras de rio, cavernas e penhascos — não são os tipos de características geográficas que as pessoas geralmente esperam no centro-sul dos Estados Unidos. Mas essas características, e muito mais, aguardam os visitantes nas magníficas montanhas Ozark de Arkansas e Missouri.

A região é mais conhecida pelo polo de entretenimento Americana, em Branson (incluindo o Stampede, de Dolly Parton), e o parque de diversões Silver Dollar City (com um novo festival Spring Exposition em 2025 — e não perca a recentemente reformulada montanha-russa familiar imersiva Fire in the Hole).

Um dos segredos mais bem guardados dos Ozarks é a Fundação de Conservação Johnny Morris, uma reserva natural e histórica de propriedade privada e entrada paga.

Uma de suas principais atrações é o Parque Natural Dogwood Canyon, em Lampe, Missouri. O lugar possui locais para pesca, capelas e pontes históricas, trilhas para ciclismo e caminhada, além de um passeio de bonde para visitar rebanhos de alces e bisões em liberdade.

Em Arkansas, o Eureka Springs é um refúgio peculiar, com restaurantes divertidos e lugares para ficar, e emergiu como uma espécie de oásis para a comunidade LGBT+. Faça um passeio de bote ou pesque no Parque Estadual Withow Spring, não muito longe da cidade universitária de Fayetteville. Para uma viagem deslumbrante de carro, considere a Mount Magazine Scenic Byway.

Rabat, Marrocos

Marrakech, Essaouira, Fes, até mesmo Casablanca… embora o Marrocos esteja permanentemente no topo da lista de viagens de muitas pessoas, um lugar que raramente aparece é Rabat, a capital moderna. Mas tudo isso deve mudar em 2025, com o novo Four Seasons Hotel Rabat at Kasr al Bahr, inaugurado em outubro de 2024, e a abertura do Teatro Real, projetado pela falecida e grande arquiteta Zaha Hadid.

Em todo o país, a indústria do turismo está se recuperando do devastador terremoto que atingiu as montanhas Atlas em setembro de 2023. Houve um aumento anual de 20% no número de viajantes para Marrocos em 2024 (a partir de números divulgados em novembro), e 2025 promete ser ainda mais bem-sucedido, com novas rotas aéreas, incluindo Los Angeles-Casablanca, da Royal Air Maroc, e Newark-Marrakech, da United Airlines.

O Waldorf Astoria é outra marca que está abrindo suas portas — a propriedade em Tânger será a primeira incursão da rede no país em 2025.

Para os fãs de esportes, a Copa Africana das Nações será realizada em dezembro. Apesar dos locais ainda não terem sido anunciados, será um momento de orgulho para o Marrocos, cuja seleção nacional se tornou a primeira equipe africana a chegar às semifinais da Copa do Mundo, em 2022.

Operadoras turísticas locais, como a Inclusive Morocco, ajudarão você a conhecer o melhor do país.

Romênia

Não restam muitos lugares na Europa que ainda mantêm aquela atmosfera de não descoberto, mas a Romênia se aproxima disso. É um presente nesses dias de turismo excessivo — pois trata-se de um país que tem tudo, desde os resorts do Mar Negro até a beleza estonteante dos Montes Cárpatos, e que busca aumentar o número de visitantes de forma sustentável.

Sim, existe a questão do Drácula, no Castelo de Bran, mas também outras atrações góticas medievais na Transilvânia — e, além, experimente Timișoara, Cluj Napoca, Sibiu, Brasov e Sebes.

A capital Bucareste tem um charmoso Centro Histórico, agora um pouco sobrecarregado com bares e restaurantes turísticos, mas a história recente da cidade ainda é uma grande atração.

O luxo excessivo da antiga residência do ditador da era comunista Nicolae Ceaușescu e seu vasto Palácio do Parlamento (o edifício mais pesado do mundo) merecem ser explorados. Eles contrastam com as extremas dificuldades que ele impôs ao povo do país, registradas no pequeno, mas essencial, Museu do Comunismo.

Um passado mais idílico ainda pode ser encontrado no interior romeno. Provavelmente não há melhor maneira de explorar isso do que a recém-lançada Via Transilvanica, uma trilha de 1.400 quilômetros através de paisagens rurais e vilarejos aparentemente congelados no tempo.

San Francisco de Campeche, México

Se você já conheceu as grandes cidades (Cidade do México, Guadalajara), os resorts (Cabo, Cozumel) e os pontos de expatriados (San Miguel de Allende, Lago Chapala), talvez queira visitar um México diferente. É aí que entra San Francisco de Campeche.

Capital do estado de Campeche, esta cidade portuária de cerca de 250 mil habitantes está localizada no lado ocidental da verdejante Península de Yucatán. Campeche é um dos apenas dois estados do México com a classificação máxima de segurança do Departamento de Estado americano, e a cidade ocupa aquele ponto ideal de ter alguma infraestrutura turística sem ter sido “descoberta” ainda.

Os amantes de frutos do mar devem apreciar ofertas como pargo em papel alumínio, Pan de Cazón (Pão de Cação) e vários pratos de camarão com um toque caribenho.

Entusiastas de arquitetura e história ficarão empolgados — a antiga Cidade Fortificada Histórica murada é um patrimônio mundial da Unesco. Bastiões (fortificações) e igrejas coloniais abundam.

Ao ar livre, as praias próximas de Sihoplaya e Seybaplaya e os cenotes (dolinas de água doce) proporcionam diversão aquática. E não perca as ruínas maias e florestas tropicais em Calakmul.

Locomover-se pela cidade pode ficar mais fácil em 2025 se o sistema de VLT entrar em operação em abril, conforme planejado.

Serra Leoa

Este país da África Ocidental de língua inglesa tem muito a oferecer para aqueles aventureiros o suficiente para fazer a viagem, embora chegar lá não seja fácil. Há conexões via Bruxelas e Casablanca, mas a nova companhia aérea Air Sierra Leone ainda não estabeleceu os voos diretos para Londres prometidos para o final de 2024.

O turismo ainda está em seus estágios iniciais, 20 anos após a guerra civil e uma década após um grande surto de ebola. Isso significa um país não estragado por visitantes excessivos e ainda um pouco rústico. Praias como as das Ilhas Turtle, Bureh e River Number Two têm águas cristalinas e areias brancas ou douradas.

A capital Freetown tem mercados, museus e, nas ruínas da Ilha Bunce, uma comovente homenagem às vítimas do tráfico de escravos que por ali passaram. As florestas tropicais do interior oferecem caminhadas e encontros com chimpanzés.

“Serra Leoa é, sem dúvida, um dos países mais seguros e amigáveis da África”, diz a blogueira de viagens Helen Davies, também conhecida como Helen in Wonderland, que acabou de retornar de uma excursão no país.

“As pessoas aqui são simplesmente maravilhosas, com uma energia que é calorosa, acolhedora e absolutamente contagiante”, acrescenta. “O país é acidentado, bruto e genuinamente autêntico, e é exatamente isso que o torna o lugar perfeito para um viajante intrépido.”

Estocolmo, Suécia

Passeando pela cidade de Estocolmo, os viajantes serão impressionados pelo ar fresco, vastos céus abertos e constantes vistas aquáticas — a capital sueca é composta por 14 ilhas, conectadas por pontes e balsas.

Esta cidade insular também faz parte do arquipélago exterior de Estocolmo, que compreende cerca de 30 mil ilhas. Os visitantes hospedados no centro de Estocolmo podem facilmente pegar uma balsa curta para ilhas próximas como Fjäderholmarna, onde os aguardam uma arquitetura histórica lindamente preservada e mais vistas aquáticas.

Para os mais aventureiros, a cidade de Estocolmo recentemente inaugurou uma nova trilha de caminhada de 270 quilômetros que atravessa o arquipélago exterior, com um site que ajuda os viajantes a traçar rotas.

De volta ao centro da cidade, os visitantes podem aprender mais sobre a história marítima da Suécia no museu Vasa, lar de um naufrágio preservado do século 17. O museu ao ar livre Skansen oferece insights sobre a história arquitetônica e cultural da Suécia, e o Museu ABBA é uma diversão interativa baseada na música pop.

Depois de um dia de caminhada ou turismo, não se esqueça de abraçar a tradição sueca do fika (ou seja, fazer uma pausa para desfrutar de uma bebida quente e um doce) e experimentar os pães de canela no movimentado Café Saturnus ou na premiada Robin Delselius Bageri.

Taupō, Nova Zelândia

A Ilha Sul da Nova Zelândia frequentemente recebe mais atenção quando se trata de beleza natural. Mas os viajantes que se dirigem à Ilha Norte em busca de paisagens cinematográficas não precisam procurar além de Taupō.

Imperdíveis são as esculturas Māori em rocha do lago Ngātoroirangi Mine Bay, que incluem um baixo-relevo de 14 metros criado pelo famoso artista Matahi Brightwell representando o rosto de seu ancestral, Ngatoroirangi.

A apenas alguns quilômetros de Taupō está Huka Falls, que dizem gerar energia suficiente para encher uma piscina olímpica em apenas 11 segundos.

Em termos de gastronomia, a cena culinária da cidade está ganhando maior reconhecimento — recentemente concluiu o seu festival inaugural de comida Treats of Taupō. Por isso quase nos sentimos culpados em compartilhar este fato curioso: Taupō abriga o que pode ser o McDonald’s mais incomum do mundo, onde os visitantes podem saborear os seus Big Macs sentados dentro de um avião Douglas DC-3 desativado da Segunda Guerra Mundial.

Onde se hospedar? O histórico Huka Lodge completou 100 anos em 2024 e acabou de passar por uma reforma. Com reabertura prevista para março de 2025, esta propriedade de luxo, que começou como um acampamento de pesca, às margens do rio Waikato, possui apenas 20 suítes e dois chalés.

Ilha de Vancouver, Canadá

Paisagens selvagens e indomadas e explosões de flores bem cuidadas são apenas alguns dos atrativos naturais da Ilha de Vancouver.

A ilha de 285 milhas de comprimento, localizada no Pacífico, a cerca de 60 milhas a oeste de Vancouver, abriga a acidentada Pacific Rim National Park Reserve em sua costa oeste.

Mochileiros experientes podem enfrentar a West Coast Trail do parque. Ou, para mais conforto, mais ao norte, ao redor da unidade Long Beach do parque, pousadas pontilham a costa entre as descontraídas cidades de Ucluelet e Tofino. Elas servem como pontos de partida para expedições de vida selvagem, caminhadas na floresta tropical ou para enfrentar o lendário surfe.

Uma pousada remota, um resort flutuante anteriormente operado como Tofino Wilderness Resort, em Quait Bay, ao norte da cidade, foi comprado em 2022 pela Primeira Nação Ahousaht. Está previsto para reabrir em junho de 2025, com um novo nome e quartos e espaços públicos recém-reformados.

E, para os amantes de spas, o Kingfisher Pacific Resort & Spa, em Courtenay, na costa leste da ilha, está estreando uma experiência de seis cavernas apresentando uma terapia diferente em cada uma — junto com visuais para aprimorar o circuito.

O Butchart Gardens oferece estimulação sensorial em forma de flores. O paraíso de 55 acres perto da capital provincial de Victoria, na costa sul, apresenta um jardim subterrâneo mágico, um jardim de rosas e outras exposições, além de um chá da tarde de primeira linha, adicionando doces e salgados ao banquete visual.

Trilhas ferroviárias de Vermont, Estados Unidos

Flores silvestres, colinas verdejantes, árvores resplandecentes com folhagens em tons de vermelho, laranja e amarelo, e mantos de neve imaculada. As trilhas ferroviárias de quatro estações de Vermont oferecem aos visitantes a oportunidade de vivenciar as paisagens dignas de cartão-postal do estado americano durante todo o ano.

Caminhadas, ciclismo, passeios a cavalo, caminhadas com raquetes de neve e esqui nórdico são todas atividades possíveis ao longo das quatro antigas ferrovias transformadas em vias para pedestres do estado, onde o tráfego não motorizado se move por caminhos de pedra britada que conectam cidades e vilarejos. No inverno, motoneves também são permitidas.

A mais nova dessas trilhas do estado, a Lamoille Valley Rail Trail, teve um início conturbado. Inundações devastadoras em julho de 2023 causaram cerca de US$ 11 milhões em danos à trilha de US$ 31 milhões, atrasando sua inauguração em um ano.

A trilha sofreu novamente alguns danos nas enchentes de julho de 2024, mas os 150 quilômetros do percurso estão quase totalmente abertos — exceto por alguns quilômetros próximos à extremidade sul da trilha e um pequeno desvio.

Maior trilha ferroviária de New England, a Lamoille Valley Rail Trail se estende de Swanton, no canto noroeste do estado, até St. Johnsbury, no Northeast Kingdom. Há vários pontos para paradas ao longo do caminho — talvez para uma cerveja ou um lanche em Morristown, onde diversas cervejarias, restaurantes e lojas estão prontas para exploração, ou para admirar a estação ferroviária de 150 anos em Danville.

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